Mulher Maravilha

    Depois de seguidas falhas e do desespero para alcançar a rival Marvel, a DC Comics finalmente deixa a agonia de lado e consegue lançar um bom filme, o melhor até agora.


    Diana (Gal Gadot), filha da rainha das amazonas, após treinar toda sua vida para se tornar a melhor guerreira, vê-se diante de seu destino ao salvar a vida de um piloto (Chris Pine). Ela embarca em busca da guerra que assola o mundo, esperando encontrar o inimigo que nasceu para derrotar.
    Temos aqui um filme concreto, preocupado em apresentar e contar a história de super heroína forte e obstinada. Wonder Woman fornece uma base sólida para a personagem, transformando-a na melhor já apresentada pela DC. Bem diferente do desastroso Batman VS Superman, que queria ser tudo em um filme só.
    Gal Gadot tem a força e a energia que a heroína precisa, fornecendo aos fãs momentos que eles esperavam há anos. Isso nas cenas de ação, pois quando a trama parte para um tom mais dramático, a capacidade interpretativa da atriz não surpreende. Já o Chris Pine não poderia estar melhor, seu personagem, além de ter uma importância narrativa genuína, sendo muito mais do que apenas um par para Diana, é o primeiro alívio cômico eficiente desse universo.
    A direção de Patty Jenkins dá o tratamento digno que uma protagonista feminina de um filme de heróis merecia, explorando o lado guerreira e sentimental da heroína, sem exposições machistas do corpo da atriz. No entanto, nota-se uma dificuldade da diretora nas cenas de ação, há demasido CGI nas construções, deixando a sensação de que as lutas (pouco orgânicas) não se encaixavam nas ambientações. Fora a quantidade exagerada de slow motion dos guerreiros em posições orquestrais.
    Em aspectos técnicos o filme é surpreendentemente agradável. A reconstrução de época, a ambientação feita no primeiro ato, fotografia poeirenta das batalhas e o figurino dão o tom para a renovação do estúdio. Destaque para o figurino de Diana nas cenas de luta que é impecável. O único problema talvez seja o CGI, principalmente do último ato, que lembra um videogame a qualquer um, mas esse detalhe pode até ser superado, já que as sequências são realmente empolgantes.
    Wonder Woman marca o ínicio da redenção da DC Comics e finalmente instiga os fãs para uma continuação. Funciona tanto como entretenimento casual como um alívio para os que acompanham os heróis mais avidamente.

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